Algo não cheira bem? A química explica!
A química dos gases intestinais
As proporções da composição dos gases intestinais pode depender de inúmeros fatores, como o que comemos, quanto ar é engolido, que tipo de bactérias estão em nosso aparelho digestivo e quanto tempo o gás permanece preso por lá.
Quanto mais o gás permanece preso, maior é a proporção de nitrogênio em sua composição, pois os outros gases podem ser absorvidos pela corrente sanguínea.
Todo o metano produzido é de origem bacteriana e não tem origem das células humanas.
O fedor do peido tem origem na presença de gás sulfídrico (H2S), metanotiol (H3C-S-H), dimetil sulfeto (H3C-S-CH3) e mercaptanas na mistura. Estes compostos contém enxofre em sua composição. A proporção dos compostos fedorentos representa algo como 1% do total.
Compostos ricos em nitrogênio, tais como escatol (3-metil indol) e indol também contribuem para o mau cheiro.
Quanto mais a dieta for rica em alimentos ricos em enxofre, maiores os problemas. por exemplo couve-flor, ovos e carne. Também pode existir um fator genético que predispõem um indivíduo a ter mais problemas com gases.
O ovo podre quimicamente explicado
O ácido sulfídrico H2S é um ácido, formado pela dissolução e a dissociação do sulfeto de hidrogênio H2S, um gás que cheira a ovos podres (é encontrado nos mesmos), somente quando em solução aquosa chamado de ácido sulfídrico.
O sulfeto de hidrogênio é um composto corrosivo, venenoso e gasoso no seu estado natural que consiste em dois átomos de hidrogênio e um de enxofre. Encontrado no gás sintético do carvão, no gás natural e nos tipos de petróleo que contêm enxofre.
Matéria orgânica em decomposição
Sim estamos falando de cadáveres!
A cadaverina (ou 1,5-diaminopentano; ou pentametilenediamina ou pentano-1,5-diamina) é uma amina (fórmula química C5H14N2, também escrita por H2N(CH2)5NH2) é uma molécula produzida pela hidrólise proteica durante a putrefação de tecidos orgânicos de corpos em decomposição. A cadaverina é um dos principais elementos responsáveis pelo odor nauseabundo dos cadáveres.
Esta diamina não está, todavia, relacionada apenas com a putrefação, sendo também produzida em pequenas quantidades pelos seres vivos animais e vegetais. É parcialmente responsável também pelo odor característico do sêmen e das infecções vaginais.
Nas fases iniciais após a morte, o nosso metabolismo celular começa a diminuir de acordo com a falência do sistema interno. A falta de oxigênio nos tecidos provoca um grande crescimento de bactérias, que se alimentam de proteínas, carboidratos e gorduras do organismo, produzindo gases que fazem o corpo inchar e que dão o mau odor característico dos cadáveres.
Em 1885, o médico alemão Ludwig Brieger identificou dois compostos nitrogenados, a cadaverina e a putrescina, como os principais responsáveis pelo cheiro de putrefação. De fato, existem uma série de compostos voláteis envolvidos no processo de putrefação, que incluem também substâncias relacionadas ao ácido butírico.
A cadaverina e a putrescina não estão somente associadas ao processo de putrefação, podendo também ser produzidas nos organismos vivos. Elas são responsáveis, em parte, pelo cheiro de fluidos corporais, como a urina e o sêmen, cheiro da manteiga rançosa, mau hálito, queijos fedorentos, etc. Algumas bactérias produzem normalmente a cadaverina pela degradação de proteínas.
A cadaverina e a putrescina são produzidas através da descarboxilação de ácidos aminados. A cadaverina é gerada após a descarboxilação da lisina pela enzima lisina descarboxilase, enquanto que a putrescina é gerada após a descarboxilação da ornitina.
Esgoto
O odor desagradável dos esgotos ocorre devido à ação de bactérias decompositoras. “Elas extraem energia da decomposição do esgoto”, diz a engenheira Keiko Semura, da Sabesp, a companhia de saneamento básico de São Paulo. Na decomposição, elas liberam gás sulfídrico, que confere o aroma de ovo podre ao esgoto.
Mal hálito, a química do bafo
As bactérias que vivem na boca acabam por proliferar devido aos resíduos de comida que ficam entre os dentes. Acumulam na língua, gengivas, palato e garganta. Como os resíduos fermentam, seus subprodutos geram gás sulfeto de hidrogênio, o mesmo gás presente nos ovos podres. Essas bactérias se proliferam muito na parte posterior da língua, criando aquele muco esbranquiçado que geralmente constatamos ao acordar pela manhã.
A saliva é a defesa natural. Ela lava a cavidade bucal e permite a lubrificação necessária para manter as gengivas e mucosas saudáveis. Ela combate a bactéria bucal que causa mau hálito. Essas bactérias são anaeróbicas, isto é, elas sobrevivem em locais onde tem pouco ou nenhum oxigênio. A saliva, dentre outras coisas, contém excesso de oxigênio que eliminam essas bactérias.
O cheiro desagradável que se manifesta quando acordamos procede da boca seca durante o sono, como também dos pulmões devido a presença de corpos cetônicos, provenientes da queima de gordura. As glândulas salivares restringem ao mínimo sua produção durante as horas do sono, porque não estamos acordados e comendo. A boca resseca, e as bactérias multiplicam-se, fazendo com que o mau hálito seja mais forte.
O cheiro desagradável que se manifesta quando acordamos procede da boca seca durante o sono, como também dos pulmões devido a presença de corpos cetônicos, provenientes da queima de gordura. As glândulas salivares restringem ao mínimo sua produção durante as horas do sono, porque não estamos acordados e comendo. A boca resseca, e as bactérias multiplicam-se, fazendo com que o mau hálito seja mais forte.
Chulé também é química – Bromidrose
O mau cheiro decorre da ação de bactérias que se alimentam do suor e de todo material que se encontra sobre a pele.
As bactérias estão presentes na epiderme, a camada superficial da pele.A umidade faz com que elas proliferem mais rapidamente.
Os microrganismos decompõem o suor excessivo.A decomposição é um processo de fermentação e libera gases de odor ruim. Sapatos fechados, de borracha ou de plástico e meias sintéticas facilitam a produção de suor e impedem a ventilação dos pés. Para reduzir o mau cheiro provocado pelo chulé, é necessário fazer com que o suor dos pés diminua ou reduzir as bactérias que estão na região dos pés.
As bactérias estão presentes na epiderme, a camada superficial da pele.A umidade faz com que elas proliferem mais rapidamente.
Os microrganismos decompõem o suor excessivo.A decomposição é um processo de fermentação e libera gases de odor ruim. Sapatos fechados, de borracha ou de plástico e meias sintéticas facilitam a produção de suor e impedem a ventilação dos pés. Para reduzir o mau cheiro provocado pelo chulé, é necessário fazer com que o suor dos pés diminua ou reduzir as bactérias que estão na região dos pés.
Existem dois tipos de bromidrose: a écrina e a apócrina. As glândulas apócrinas situadas no tecido adiposo axilar secretam ácidos graxos que possuem cheiros característicos. Para curar a bromidrose apócrina deve-se procurar um cirurgião plástico e fazer a retirado do tecido adiposo. Para quem não tem condições de fazer a cirurgia, uma boa opção é utilizar cloreto de alumínio a 10%, e só se banhar com sabonetes sem perfumes. As camisas também devem ser lavadas com detergentes em pó sem hidróxido de sódio e sem perfume na fórmula.
Mulher tem cheiro diferente de homem?
Na mulher, os odores corporais oscilam em relação ao ciclo menstrual. Há fases que propiciam o aumento de uma bactéria natural da flora vaginal e do ácido lático, protetor da vagina. As secreções produzidas nesse período têm um odor típico, diferente do produzido em outras fases, mas que é normal. No homem, a maior concentração de androsterona (substância derivada da testosterona) no suor e na urina causa um odor característico.
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