Um pouco sobre a Cafeína

A cafeína é a droga mais consumida em todo o mundo. Gostamos tanto, que uma de nossas refeições diárias foi nominada em sua homenagem (café-da-manhã). A grande maioria dos brasileiros adultos consomem doses diárias de cafeína superiores a 300 mg, e muitos são viciados. Você já se perguntou o que torna a cafeína tão popular? Por que milhões de pessoas usam esta droga?

A cafeína do famoso “cafezinho” esconde algumas curiosidades…

A cafeína é a 1,3,7-trimetilxantina – um pó branco cristalino muito amargo. Na medicina, a cafeína é utilizada como um estimulante cardíaco e um diurético. Ela também produz um “boost” de energia, ou um aumento no estado de alerta – por isso motoristas e estudantes tomam litros e café para permanecerem acordados. A cafeína é uma droga que causa dependência - física e psicológica. Ela opera por mecanismos similares às anfetaminas e à cocaína. Seus efeitos, entretanto, são BEM mais fracos do que estas drogas, mas ela age nos mesmos receptores do sistema nervoso central.
Se você sente que “não funciona” sem um copo de café, é porque você já está viciado em cafeína…
A ligação da adenosina, um neurotransmissor natural, aos seus receptores, diminui a atividade neural, dilata os vasos sanguíneos, entre outros. A cafeína se liga aos receptores da adenosina e impede a ação da mesma sobre o SNC. A cafeína estimula a atividade neural e causa a constricção dos vasos sanguíneos, pois bloqueia a ação da adenosina. Muitos medicamentos contra a dor de cabeça, tal como a Aspirina Forte, contém cafeína – se você estiver sofrendo de uma dor de cabeça vascular, a cafeína irá contrair os vasos sanguíneos e aliviar a dor. Com o aumento da atividade neural, a glândula suprarrenal (localizada sobre os rins) “pensa” que algum tipo de emergência está ocorrendo, e libera grandes quantidades de adrenalina causa uma série de efeitos no corpo humano, como a taquicardia, aumento da pressão arterial, abertura dos tubos respiratórios (por isso muitos medicamentos contra a asma contém cafeína), aumento do metabolismo e contração dos músculos, entre outros.
Um benefício atribuído ao consumo da cafeína está relacionado à sua capacidade de estimular a lipólise (quebra das moléculas de gordura no organismo), o que, teoricamente, favoreceria o emagrecimento. Porém, essa ação ocorre a um custo elevado para o organismo, com mobilização dos depósitos de gordura fazendo aumentar os níveis da mesma no sangue. Dessa forma, taxas de colesterol no sangue podem aumentar, juntamente com riscos de infarto.
Resumindo, a cafeína, em curto prazo, impede que você durma porque bloqueia a recepção de adenosina; ela lhe dá mais “energia”, pois causa a liberação de adrenalina, e lhe faz sentir melhor, pois manipula a produção de dopamina. Porém, o efeito que a cafeína tem sobre o sono, em longo prazo, é desvantajoso. A recepção de adenosina é muito importante para o sono, principalmente para o sono profundo. Sendo assim, como haverá um bloqueio de recepção de adenosina, o sono não virá e você pode se tornar um “ser zumbi”, tomado por uma insônia constante.
Não é necessário parar de tomar aquele cafezinho quentinho no meio da tarde ou pela manhã. O que é preciso é equilibrar o consumo de cafeína, presente no café, chás, chimarrão, refrigerantes, energéticos e, quem diria, até no chocolate. Afinal, uma pausa para o café pode ser essencial e dar energia para o término do dia, não é mesmo?!


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